sábado, 1 de dezembro de 2007


Ionização é um processo químico mediante ao qual se produzem iões, espécies químicas eletricamente carregadas, pela perda ou ganho de elétrões a partir de átomos ou moléculas neutras. Há várias maneiras pelas quais se podem formar iões. Na ionização de um ácido, por exemplo, a molécula de água é responsável por capturar um hidrogénio que está polarizado positivamente no ácido, formando o ião hidroxido (H3O+) e um anião (A-, sendo A um elemento ou composto presente no ácido).

HA(aq) + H2O(l) → H3O+(aq) + A-(aq)


No que se refere à radiação, há uma forma de ionização produzida pelas radiações ionizantes que tranferem muita energia ao átomo atingido e deixam-no instável, podendo gerar a fissão nuclear. Esse tipo de ionização é muito perigoso aos seres vivos, podendo gerar mutações genéticas e cancro. O exemplo a seguir é uma equação química que representa a ionização radioactiva:

20Ca40 + Radiação ionizante → 2α4 + 18Ar36


Pode-se também fornecer energia para o átomo liberar os seus elétrões. Inclui-se aqui a propriedade periódica energia de ionização ou potencial de ionização, que diz quanta energia é necessária para retirar um elétrão do átomo.




A eletricidade que circunda os seres não pode deixar de influir neles. A sociedade moderna em geral ( tráfico de veículos, aparelhos elétricos, edifícios altos, etc. ) , e a natureza em particular através de seus conhecidos "ventos das bruxas" ,que se encontram em quase todas as partes do mundo, e alguns até com nomes próprios, como "Bitter winds", os ventos "Chinook", "Sharav" , "Santa Ana" da Califórnia , o "Mistral", ou o próprio "Fohem" suiço, são geradores de eletricidade estática, principalmente de iões positivos. Estes ventos são principalmente de zonas com estruturas geológicas muito particulares , sendo mais comum , nas planícies com montanhas de um lado e outro formando um funil entre eles.


Efeito da ionização sobre os animais:


A alteração elétrica desloca-se mais rapidamente do que a própria frente atmosférica, razão pela qual horas ou dias antes da tormenta elétrica o ar está carregado com excesso de iões positivos. Isto provoca mudanças de conduta nos humanos, nos animais domésticos , e nos insectos.
Parte da previsão das alterações atmosféricas nas zonas rurais, consiste em saber ( delimitado a zonas concretas ) que, se o gado está inquieto e os insectos picam mais que o habitual, se avizinha uma tormenta. Se tem realizados estudos em laboratório com insectos em condições similares as descritas, e se tem percebido como resultado que a relação de doses entre iões positivos e negativos afetam a química do corpo dos seres vivos.



Efeito sobre as plantas:


É constado que num ar livre de íons as plantas tendem a murchar. As reações de fotossíntese não podem ocorrer sem íons no ar circundante.
Se pode experimentar , por exemplo, o cultivo de cereais em condições diferentes de número de iões, e poderá se observar que, em alguns casos o crescimento é escasso, em outros é precipitado, mantendo-se constantes as outras condições de cultivo, terreno, humidade, temperatura, etc...



Efeito sobre as cidades:


A natureza tende constantemente neutralizar as cargas, porém devido ao projeto e produtos acumulados nas cidades ( juntos com o tráfego e os aparelhos elétricos ), torna-se impraticável neutralizar de forma constante o ar nas cidades. Tal poluição, afecta a saúde, afectando as pessoas mais sensíveis como os asmáticos , alérgicos e, também, aqueles que padacem do problemas de coração , circulação ou pulmonares. Nas cidades, devido as condições arquitetónicas e os seus produtos, os mais sensíveis tem seus sintomas agravados devido a inteferência destas circunstâncias no corpo humano.
As peculiaridades dos edifícios altas converte os mesmos em absorvedores e retentores de iões positivos. O problema de saúde, ocorre quando a proporção entre iões positivos e negativos é altamente a favor dos primeiros ( da ordem de 90 e tantos % ).
As cidades modernas, são uma imensa fábrica de massas de iões positivos. Os eléctrões arrancados das moléculas são absorvidos pelo pó, fumaça e toda a sorte de restos microscópicos do ambiente das cidades tornando , desta maneira, o ambiente sobrecarregado de iões positivos.



Efeitos sobre a saúde:


Pode-se alterar o equilíbrio dos iões causando danos ou bem-estar , dependendo em qual direcção o equilíbrio é deslocado . Se aceita que doses excessivas de iões positivos é prejudicial para a saúde e , por outro lado , doses em excesso de iões negativos, parece ser saudável. .
O efeito dos iões é sentido de maneira generalizada nas cidades, e de maneira esporádica nos núcleos rurais. Depois da tormenta equilibra-se o estado eléctrico, acalmando os seres. A razão está no aumento do número de iões negativos.




O principal problema para estas sensações, é que não são percebidas por nenhum de nossos 5 sentidos. Aqueles que padecem de asma, percebem estas mudanças, ainda que de maneira inconsciente : Grande parte do pouco que se sabe actualmente sobre o efeito dos iões na saúde deve-se a estudos realizados, principalmente por médicos que alertados pelos sintomas dos seus pacientes, tem sentido a curiosidade de investigar o tema.
Para quem sofre os efeitos dos iões no seu corpo, sentindo por consequência depressão, insónia, ansiedade, etc, ... é recomendável uma temporada nas montanhas . Existe nas montanhas doses muito menores de pó e uma actividade mínima de radioactividade, o balanço de iões entre negativos e positivos é a favor dos iões negativos. Além disso, a água nas montanhas, através dos arroios e outros modos de escoamento vai libertando durante a fricção iões negativos: os iões positivos permanecem nas gotas maiores, e os iões negativos fluem sobre a pulverização que se forma nos choques de água ( gotículas minúsculas de água ).
Por isso as cataratas, são excelentes criadores de iões negativos , tornando-se um ambiente único para a paz e harmonia. Nos balneários naturais podem ser encontrados concentrações de até 40 ou 50 vezes mais de iões por cm³ ( destacando dos 1000-2000 de média em qualquer lugar ), dos quais a maior parte são negativos.
Para aqueles que padecem dos efeitos dos iões de maneira sensível, e não é possível irem as montanhas, podem utilizar medidas paliativas fazendo funcionar nos ambientes em que repousam pequenos artefatos decorativos de circulação de água ( em circuito fechado para não consumir água ) que formem borbotões ou uma cascata em algum ponto. É importante que os borbotões de água interatuem com o ar, que é percebido com a criação constante de bolhas.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007



O que é a hemodiálise?
A hemodiálise é um procedimento que filtra o sangue. Através da hemodiálise são retiradas do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao corpo, como a uréia, potássio sódio e água.


Como é feita a hemodiálise?
A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro). O
dialisador é formado por um conjunto de pequenos tubos chamados "linhas". Durante a diálise, parte do sangue é retirado do corpo, passa através da linha em um lado, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha do lado oposto. Atualmente tem havido um grande progresso em relação a segurança e a eficácia das máquinas de diálise, tornando o tratamento bastante seguro. Existem alarmes que indicam qualquer alteração que ocorra no sistema (detectores de bolhas, alteração de temperatura e do fluxo do sangue, etc).


Quanto tempo dura a hemodiálise?
Em geral, a hemodiálise é feita três vezes por semana, com duração de quatro horas cada sessão. Podem existir variações neste tempo de acordo com o tamanho e a idade do paciente, assim como em uma mulher grávida. Adultos de grande porte podem necessitar de um tempo maior. Atualmente, podemos medir a quantidade de diálise e podemos mudar essa quantidade, aumentado ou diminuindo o tempo de diálise, o número de sessões semanais, o fluxo de sangue ou o tamanho do dialisador.


Quem determina a duração da hemodiálise?
O médico é quem determina a quantidade de hemodiálise que o paciente precisa de acordo com o estado de atividade do corpo, da alimentação e ingestão de líquidos. O objetivo do tratamento é que o paciente esteja sempre se sentindo bem, bem nutrido, livre de inchaços, com a pressão controlada e com os exames de sangue mostrando quantidade aceitável de potássio, uréia, etc.


Como o sangue é retirado do corpo?
A hemodiálise é feita por um tubo (cateter) que é colocado em uma veia grossa que é o acesso vascular para hemodiálise. É o que permite a retirada e a devolução do sangue para a pessoa. O tipo mais freqüente de acesso vascular é a fístula.Consiste numa ligação entre uma artéria e uma veia através de uma pequena cirurgia.Esta ligação permitirá a colocação de duas agulhas por onde o sangue sairá para o dialisador e depois será devolvido para a pessoa.

Quais são os cuidados com a fístula?
Para manter uma boa fístula: mantenha o braço da fístula bem limpo, lavando sempre com água e sabonete. Isto evita infecção que podem inutilizar a fístula. Qualquer sinal de inchaço ou vermelhidão deve ser comunicado imediatamente ao médico ou a enfermeira. Faça exercícios com a mão e o braço onde está localizada a fístula, isto faz com que os músculos do braço ajudem no fortalecimento da fístula. Evite carregar pesos ou dormir sobre o braço onde está a fístula, pois a pressão sobre ela pode interromper o fluxo de sangue.


Quais são os medicamentos usados na hemodiálise?


Vitaminas: Algumas vitaminas perdem-se durante a diálise. A ingestão de vitaminas repõe o seu nível.
Acetato ou Carbonato de Cálcio: Fornece um suplemento de cálcio, além de evitar a absorção do fósforo e diminui a acidose do sangue. Reduzindo a absorção de fósforo evita-se a doença óssea do doente renal.
Ferro:Para melhorar a anemia.
Eritropoetina: Para aumentar a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea e corrigir a anemia.
Vitamina D ativada (calcitriol): Para aumentar a absorção intestinal de cálcio e melhorar a mineralização dos ossos.
Anti-hipertensivos: Os pacientes com hipertensão arterial que não baixa depois da sessão de diálise necessitam de medicação para controlá-la.


sábado, 10 de novembro de 2007

Leveduras benéficas


O kefir é originário das montanhas do Cáucaso, onde é feito há séculos, utilizando principalmente o leite fresco de cabra e vaca. Os habitantes desta região bebem diariamente kefir, desde a nascença, como se fosse água, e fazem dele uma refeição normal. Chegam a atingir uma média de aproximadamente 110 anos de vida (em 100 mil habitantes existem 48 centenários, saudáveis!). É um povo que conhece bem os efeitos benéficos do Kefir.Felizmente, a cultura do kefir resistiu à passagem dos séculos e foi difundida por todo o mundo.O kefir é um produto obtido através da fermentação do leite. O seu sabor agridoce e refrescante, bem como a textura cremosa, são semelhantes às bebidas de iogurte ou ao próprio iogurte natural.Tanto o kefir como o iogurte são produtos fermentados, feitos a partir do leite. A diferença reside nos vários tipos de bactérias benéficas utilizadas. O iogurte contém bactérias benéficas transitórias que mantêm o sistema digestivo "limpo", e fornecem alimento para as bactérias benéficas que aí habitam. O kefir consegue mais do que isso: ele coloniza também o tracto intestinal com bactérias benéficas.
Existem grupos de bactérias no kefir, que não são comuns no iogurte, como o Lactobacillus caucasus, Leuconostoc, e espécies de Acetobacter e Streptococcus. O kefir contém também leveduras benéficas como as Saccharomyces kefir e Torula kefir, que dominam, controlam e eliminam as leveduras patogénicas presentes no organismo.O kefir é feito a partir de grãos brancos ou amarelados, de consistência gelatinosa, chamados vulgarmente grãos de kefir (e muitas vezes, erradamente, de "flor de iogurte"). Estes grãos são formados pela associação duma bactéria com uma levedura, e têm o aspecto de pequenos bocados de coral ou couve-flor. Podem ser do tamanho de um grão de milho ou de uma noz. Os grãos fermentam o leite, incorporando as suas bactérias e leveduras benéficas no produto fermentado. Os grãos são removidos, através de um coador de rede, e antes do consumo do kefir, é-lhes adicionado mais leite, para nova fermentação.
O kefir pode ser feito a partir de qualquer tipo de leite (vaca, cabra ou ovelha, soja, coco ou arroz).Os benefícios de incluir regularmente kefir na dieta são inúmeros. É um alimento facilmente digerido que elimina dos intestinos as bactérias e leveduras prejudiciais, e aumenta a população bacteriana benéfica e protectora. Dado o seu equilíbrio e valor nutritivo, o kefir contribui para um sistema imunitário saudável e já foi usado, com sucesso, para ajudar pessoas que sofrem de sida, síndroma de fadiga crónica, cancro e herpes. O seu efeito tranquilizador do sistema nervoso beneficia muitas pessoas que sofrem de depressão, distúrbios do sono, entre outras.
O consumo regular de kefir pode ajudar a aliviar distúrbios intestinais ,como a prisão de ventre, aumentar os movimentos peristálticos do intestino, reduzir a flatulência e melhorar de uma forma geral todo o sistema digestivo.O efeito de "limpeza" que exerce em todo o corpo, ajuda a estabelecer o equilíbrio do ecossistema interno, permitindo uma óptima saúde e aumento da longevidade.

Leveduras


As leveduras, como os bolores e cogumelos, são fungos, que se apresentam, usual e predominantemente, sob forma unicelular. A etimologia da palavra levedura tem origem no termo latino levare com o sentido de crescer ou fazer crescer, pois as primeiras leveduras descobertas estavam associadas a processos fermentativos como o de pães e de mostos que provocam um aumento da massa do pão ou do volume do mosto pela liberação de gás e formação de espuma nos mostos.
Como células simples, as leveduras crescem e se reproduzem mais rapidamente do que os bolores. Também são mais eficientes na realização de alterações químicas, por causa da sua maior relação área/volume.
As leveduras também diferem das algas, pois não efectuam a fotossíntese, e igualmente não são protozoários porque possuem uma parede celular rígida. São facilmente diferenciadas das bactérias em virtude das suas dimensões maiores e de suas propriedade morfológicas.
Estes microrganismos são cultivados em destilarias para produção de etanol (álcool combustível) a partir do açúcar da cana. São também cultivadas a partir do melaço da cana-de-açúcar para serem usadas na fabricação de pães. Assim, são de extrema importância para a produção de álcool (álcool combustível e bebidas alcoólicas), além de outros produtos de grande interesse industrial até para a saúde e alimentação animal.



Exemplos de algumas leveduras:


Levedura de cerveja
A levedura de cerveja é um fermento natural utilizado na fermentação do mosto (uma mistura de cevada, água e lúpulo) para produzir cerveja. As leveduras de cervejas são do gênero Sacharomyces, sendo a principal a espécie Sacharomyces cerevisiae. As células de levedura são uma fonte de alto teor protéico, porém, ao contrário das fontes de proteína animal, tem a vantagem de possuir outros tipos de gorduras.



Levedura do Pão
É a levedura do pão que permite, quando adicionada à massa, que esta cresça e depois seja levada ao forno e forme o pão. O pão cresce devido a todo um processo de transformação realizado pela levedura, que quando misturada com a massa, que contém açúcares, vai começar a se reproduzir e a realizar a glicólise. De seguida dá-se a transformação do ácido pirúvico (produto resultante da glicólise) em etanol, tendo sido libertado, para que esta transformação ocorra, um gás, dióxido de carbono): é este gás que, ao criar bolhas na massa, vai provocar o aumento de volume da mesma.

Medidores de pH



Os instrumentos para medidas de força eletromotriz de células com resistência muito
elevada são geralmente, conhecidos como medidores de pH (pH metros), pois sua
aplicação original foi a determinação de pH. São de dois tipos: potenciométrico e de
leitura direta. O medidor potenciométrico, que é um instrumento de comparação ou de
zero, consiste em um potenciômetro convencional que utiliza um amplificador
eletrônico como detector de zero. O medidor de pH de leitura direta é um voltímetro
eletrônico que usa um sinal de corrente proveniente do estágio de amplificação para
operar um indicador. As escalas dos medidores de pH são graduadas em unidades de pH e mV.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

pH







O que é o pH?


O pH ou potencial de hidrogénio iónico, é um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio. O conceito foi introduzido por S. P. L. Sørensen em 1909. O "p" deriva do alemão potenz, que significa poder de concentração, e o "H" é para o ião de hidrogénio (H+). Às vezes é referido do latim pondus hydrogenii. O "p" equivale ao simétrico do logaritmo de base 10 da actividade dos iões a que se refere, ou seja, pH = - log [H+] em que [H+] representa a actividade de H+ em mol/dm3.
A equação é simplesmente uma definição concebida com o objectivo de simplificar a representação numérica de [H+]. Como se pode ver, o pH é dado por um número positivo. Se não o sinal menos a afectar o logaritmo, o pH seria um numero negativo devido aos valores normalmente muito pequenos de [H+]. Repare-se que o termo [H+] na equação acima apenas diz respeito à parte numérica da concentração do ião de hidrogénio, pois não se pode determinar o logaritmo em unidades. Assim, tal como a constante de equilíbrio, o pH de uma solução é uma quantidade adimensional. Como o pH é simplesmente uma forma de exprimir a concentração do ião hidrogénio, as soluções ácidas e básicas a 25º C podem ser identificadas através dos seus valores de pH, como se segue:
. Soluções ácidas: [H+] > 1,0 x 10 -7 M, pH <> 7,00
. Soluções neutras: [H+] = 1,0 x 10 -7 M, pH = 7,00









Como determinar o pH?


O pH pode ser determinado:
. por adição de um indicador de pH na solução em análise. A cor do indicador varia consoante o pH da solução.
. usando um medidor de pH acoplado a um eléctrodo de pH. O medidor de pH é um milivoltímetro com uma escala que converte o valor de tensão do eléctrodo de pH em unidades de pH. Este tipo de eléctrodo é chamado "ião selectivo"


nota :Um indicador é uma substância que varia de cor dentro de um pequeno intervalo de pH, devido ao facto de poder existir em duas ou mais formas que têm estruturas distintas e apresentam cores diferentes.
Os indicadores empregam-se para medir de modo apropriado o pH das soluções, uma vez que, em geral, a zona de viragem (mudança de cor) dos indicadores é de 2 unidades de pH.



terça-feira, 30 de outubro de 2007

TERMOPAR



Os termopares são dispositivos electrónicos com larga aplicação para medição de temperatura. São baratos, podem medir uma vasta gama de temperaturas e podem ser substituídos sem introduzir erros relevantes. A sua maior limitação é a exactidão, uma vez que erros inferiores a 1 °C são difíceis de obter. Uma termopilha é o nome que se dá a um conjunto de termopares ligados em série. Um exemplo da aplicação de termopares e termopilhas pode ser a medição de temperaturas em linhas de gás.

Os termopares disponíveis no mercado têm os mais diversos formatos, desde os modelos com a junção a descoberto que têm baixo custo e proporcionam tempos de resposta rápidos, até aos modelos que estão incorporados em sondas. Está disponível uma grande variedade de sondas, adequadas para diferentes aplicações (industriais, científicas, investigação médica, etc...).
Quando se procede à escolha de um termopar deve-se ponderar qual o mais adequado para a aplicação desejada, segundo as características de cada tipo de termopar, tais como a gama de temperaturas suportada, a exatidão e a confiabilidade das leituras, entre outras.
Funcionamento:
Em 1822, o físico Thomas Seebeck descobriu (acidentalmente) que a junção de dois metais gera uma tensão eléctrica que é função da temperatura. O funcionamento dos termopares é baseado neste fenómeno, que é conhecido como Efeito de Seebeck. Embora praticamente se possa construir um termopar com qualquer combinação de dois metais, utilizam-se apenas algumas combinações normalizadas, isto porque possuem tensões de saída previsíveis e suportam grandes gamas de temperaturas.
Existem tabelas normalizadas que indicam a tensão produzida por cada tipo de termopar para todos os valores de temperatura que suporta, por exemplo, o termopar tipo K com uma temperatura de 300 °C irá produzir 12,2 mV. Contudo, não basta ligar um voltímetro ao termopar e registar o valor da tensão produzida, uma vez que ao ligarmos o voltímetro estamos a criar uma segunda (e indesejada) junção no termopar. Para se fazerem medições exactas devemos compensar este efeito, o que é feito recorrendo a uma técnica conhecida por compensação por junção fria.
Caso se esteja a interrogar porque é que ligando um voltímetro a um termopar não se geram várias junções adicionais (ligações ao termopar, ligações ao aparelho de medida, ligações dentro do próprio aparelho, etc...), a resposta advém da lei conhecida como lei dos metais intermédios, que afirma que ao inserirmos um terceiro metal entre os dois metais de uma junção dum termopar, basta que as duas novas junções criadas com a inserção do terceiro metal estejam à mesma temperatura para que não se manifeste qualquer modificação na saída do termopar. Esta lei é também importante na própria construção das junções do termopar, uma vez que assim se garante que ao soldar os dois metais a solda não irá afectar a medição. Contudo, na prática as junções dos termopares podem ser construídas soldando os materiais ou por aperto dos mesmos.
Todas as tabelas normalizadas dão os valores da tensão de saída do termopar considerando que a segunda junção do termopar (a junção fria) é mantida a exactamente zero graus Celsius. Antigamente isto conseguia-se conservando a junção em gelo fundente (daqui o termo compensação por junção fria). Contudo a manutenção do gelo nas condições necessárias não era fácil, logo optou-se por medir a temperatura da junção fria e compensar a diferença para os zero graus Celsius.
Tipicamente a temperatura da junção fria é medida por um termístor de precisão. A leitura desta segunda temperatura, em conjunto com a leitura do valor da tensão do próprio termopar é utilizada para o cálculo da temperatura verificada na extremidade do termopar. Em aplicações menos exigentes, a compensaçao da junção fria é feita por um semicondutor sensor de temperatura, combinando o sinal do semicondutor com o do termopar.
É importante a compreensão da compensação por junção fria; qualquer erro na medição da temperatura da junção fria irá ocasionar igualmente erros na medição da temperatura da extremidade do termopar.